O médico obstetra Luís Leite, investigado por injúria racial contra uma auditora da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), foi encontrado morto nesta quinta-feira (21) em sua residência, localizada em Itabuna, no sul da Bahia. O corpo foi localizado por profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

De acordo com informações preliminares, a causa da morte foi insuficiência respiratória, congestão e tromboembolismo pulmonar. No entanto, a suspeita inicial era de suicídio.

Luís Leite estava preso desde o dia 24 de outubro deste ano, após uma decisão judicial, mas foi solto no último dia 5 de novembro, após a revogação da sentença inicial. Ele obteve habeas corpus e teve direito a recorrer em liberdade.

A denúncia de injúria racial foi feita em fevereiro deste ano por uma auditora da Sesab, mulher negra, que relatou ter sido ofendida por Leite. Segundo ela, o médico teria comentado que ela era “bonita por ter sangue branco”. Na época, o obstetra foi preso, mas logo após pagou fiança no valor de R$ 14,1 mil — cerca de 10 salários mínimos — e foi liberado.

O médico voltou a ser preso meses depois, após nova decisão da Justiça. Desde o início das investigações, a defesa de Leite negou as acusações, afirmando que ele teria feito apenas um "elogio".