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Apadrinhamento Afetivo: um projeto que transforma vidas de crianças e adolescentes em Ilhéus-BA
Data de Publicação: 8 de setembro de 2023 16:38:00
Você conhece o programa Apadrinhamento Afetivo?
Segundo a assistente social Cristiane Fonseca, é um projeto que visa promover vínculos afetivos entre crianças e adolescentes em situação de acolhimento e pessoas podem se inscrever para se tornarem padrinhos e madrinhas desses menores. “Imagina que você é uma criança que precisou ser afastada da sua família por algum motivo e é levada a uma instituição. De repente, aparece alguém que vai te dar atenção e afeto”, explicou.
Cristiane ainda esclareceu que existem dois tipos de apadrinhamento, o de recurso e o de serviço. “O apadrinhamento de recurso, consiste em doar um material escolar, por exemplo. Nós não recebemos nenhuma quantia em dinheiro. O padrinho ou madrinha que compra o produto e repassa para a casa de acolhimento onde o menor está inserido. A gente não tem contato com qualquer valor monetário”.
O apadrinhamento de serviço é quando a pessoa oferece uma habilidade profissional ou pessoal para beneficiar o menor ou a instituição. “Por exemplo, um médico pode fazer uma consulta gratuita, um professor pode dar um reforço escolar, um eletricista pode prestar serviços da sua área para a instituição”, exemplificou.
A juíza da Vara da Infância e Adolescência, Sandra Magali, falou que existe também um terceiro tipo de apadrinhamento, o afetivo. “Esse é um dos principais. A pessoa não tem a dimensão do quanto a vida no abrigo é limitada e tudo funciona de forma coletiva almoço, roupas, aulas. Geralmente, eles não recebem uma atenção individualizada ou um cuidado específico, o que é importante para a vida de qualquer pessoa”, destacou.
Sandra concluiu que esse programa está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O artigo fala que os serviços de apadrinhamento são apoiados pela Justiça da Infância e da Juventude e podem ser executados por órgãos públicos ou organizações da sociedade civil.
Em Ilhéus, na Bahia, existem três unidades de acolhimento. A coordenadora de uma unidade, Sayonara Oliveira, contou que os modelos de casas lares seguem um padrão em todo o país. “A casa que eu coordeno possui 11 anos e tem uma rotina. Esses adolescentes, entre 12 e 18 anos, estudam, fazem atividades físicas como academia e futevôlei. É feito um trabalho muito integrado para que elas tenham autonomia e estão incluídos na comunidade”.
Uma das jovens residentes do núcleo, que não pode ser identificada, relatou: “imagino que seria legal receber amor e carinho e ter uma família do meu lado”. Ela finalizou dizendo: “Eu acho legal e aqui eu posso estudar, ter uma casa, um emprego e crescer na vida. Eu ainda não fui apadrinhada, mas imagino como deve ser. Eu quero ser uma juíza e ter uma família”.
O projeto funciona no 4º andar do Fórum Epaminondas Berbet de Castro, localizado na Avenida Osvaldo Cruz, no bairro Cidade Nova, em Ilhéus-BA.
Assista a matéria completa no canal TITV.
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