Na cidade de Ilhéus, Bahia, está acontecendo a 13ª edição do Batizado e Festival da Arte Brasileira, realizado na Associação Cultural Capoeira Raça.

O evento, que se encerrará na noite deste sábado (22), proporciona oficinas, o batizado e a troca de graduação dos praticantes de capoeira, simbolizando o avanço na modalidade por meio da mudança de cordão.

Conforme o mestre Berimbau, as cores dos cordões representam a evolução de cada aluno, indo do verde no início ao branco, que é o título dos mestres.

O mestre Jorge detalhou a programação, destacando a presença de mestres renomados, como mestre Fofão, Macaco, Cabeça e outros, que compartilham seu conhecimento da capoeira. Ele enfatizou que esse trabalho é feito de maneira gratuita e com um propósito social, fortalecendo os laços com a comunidade e recebendo apoio de pessoas de outras cidades e estados.

O presidente do Conselho de Mestres de Ilhéus, mestre Negão, ressaltou que a capoeira vai além de um esporte, representando uma história cultural fundamental. Ele lembrou que em um período, a capoeira foi proibida no Brasil e destacou seu papel como uma arte e uma forma de resistência contra o sistema opressor da época, mencionando eventos como a Revolta das Chibatas e Canudos.

Quanto à mensagem que a capoeira transmite, o capoeirista Itabunense, Mestre Magrelo, enfatizou valores como o respeito pelo próximo, pelos idosos e pelas crianças. Ele ressaltou a riqueza da capoeira, que proporciona habilidades de racionalidade e a capacidade de resolver conflitos de forma pacíficas.

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