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Moradores de Copacabana organizam "força-tarefa" contra violência:

Moradores de Copacabana organizam "força-tarefa" contra violência:

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Após uma recente onda de violência em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, com relatos de assaltos e agressões, moradores do bairro decidiram tomar medidas próprias para combater a criminalidade. Um grupo autodenominado "justiceiros" está se organizando, utilizando estratégias compartilhadas nas redes sociais, inclusive considerando o uso de armas brancas. Essa atitude, no entanto, tem sido objeto de críticas por parte de especialistas consultados pela CNN.

 A iniciativa ganhou destaque após o assalto e agressão ao comerciante Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, no último sábado (2). Benchimol tentou intervir em um assalto e acabou sendo agredido.

A desconfiança em relação à solução para a segurança pública no bairro é compartilhada por moradores, que trocam mensagens em grupos relatando episódios de violência e planejando estratégias de atuação.

O coronel Ubiratan Ângelo, ex-comandante-geral da PM e analista em segurança pública, critica a medida, ressaltando que apenas o estado pode perseguir penalmente infratores. Ele destaca a importância do uso da força ser legal, técnico e realizado por agentes capacitados, reforçando que a sociedade organizada de forma paralela configura uma milícia.

Outro mobilizador do grupo apelou nas redes sociais pelo engajamento de academias e lutadores locais, chegando a incitar violência contra possíveis assaltantes e desordeiros. A soltura rápida de suspeitos após audiências de custódia é uma das principais críticas do grupo, refletindo a frustração com a eficácia do sistema judiciário.

A Polícia Civil está investigando a ação dos "justiceiros", enquanto a Polícia Militar enfatiza suas operações na região para prender envolvidos em crimes, com reforço policial para reduzir os índices criminais. O Judiciário ainda não se pronunciou sobre as críticas. Nos últimos 10 dias, apenas em Copacabana, a PM encaminhou 150 pessoas para delegacias e retirou 11 facas de circulação, resultando em quatro prisões e seis apreensões de adolescentes infratores.

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