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Operação Ojuara: PF desarticula rede de tráfico de animais em Serrinha, Bahia
Data de Publicação: 28 de maio de 2024 11:44:00
A manhã desta terça-feira (28) foi marcada pela deflagração da Operação Ojuara pela Polícia Federal na cidade de Serrinha, localizada a 180 km de Salvador. O objetivo da ação foi cumprir mandados judiciais contra uma organização criminosa suspeita de praticar o tráfico de animais. Segundo as investigações, o grupo operava vendas através da internet e utilizava os serviços postais para efetuar as entregas. Treze cobras foram resgatadas durante a operação.
A investigação teve início após a apreensão de diversos répteis na agência dos Correios em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, onde foram detectados objetos postais contendo animais vivos, identificados fraudulentamente. Durante o curso das investigações, a Polícia Federal identificou uma rede criminosa composta por criadores clandestinos de animais da fauna silvestre e exótica.
Entre os animais resgatados, destacam-se quatro jibóias, três corn-snakes babys, três corn-snakes adultas, duas pítons e uma salamanta. Os responsáveis pela comercialização dos animais serão enquadrados pelos crimes de tráfico e maus-tratos de animais, introdução de espécimes animais no país sem autorização, receptação e falsidade ideológica. As penas acumuladas podem chegar a 12 anos de reclusão.
No decorrer da operação, equipes da Polícia Federal, com apoio da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA), cumpriram dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia.
Os animais apreendidos foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), órgão vinculado ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), para reabilitação e, quando possível, posterior devolução à natureza.
Em comunicado, a Polícia Federal ressaltou os danos causados pelo tráfico de animais, sejam eles silvestres ou exóticos, alertando para os prejuízos à fauna brasileira, que podem resultar em desequilíbrios ambientais, inclusive em ecossistemas protegidos, e colocar em risco a sobrevivência de determinadas espécies, podendo levá-las à extinção.
Alguns répteis exóticos comercializados pelos investigados, caso sejam soltos, além de representarem ameaça às espécies nativas da região, podem também transmitir parasitas nocivos e desencadear o surgimento de novas doenças no país. Um exemplo disso são as cobras do gênero píton, originárias da Ásia, que, por viverem cerca de 30 anos e não possuírem predadores naturais no Brasil, têm potencial para dizimar a fauna local e se reproduzir de forma descontrolada.
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