O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), demonstrou irritação diante do uso da casa legislativa como palco político para encenações teatrais. O episódio envolveu uma contadora de histórias simulando um aborto, em uma tentativa de protesto, na última segunda-feira (17).

Essa polêmica ocorre em meio à movimentação intensa após a aprovação, em caráter de urgência pela Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (12). A votação relâmpago, com apenas cerca de 20 segundos de duração, possibilitou que o texto fosse encaminhado ao Senado sem passar por comissões temáticas.

O texto em questão propõe alterações no Código Penal, equiparando o aborto realizado após as 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, mesmo nos casos de estupro.

Esse posicionamento, considerado retrógrado por muitos, tem gerado intensos debates, principalmente por expor traumas de mulheres e meninas que foram vítimas de abuso.

A discussão promete esquentar nos corredores do Senado, com diferentes posicionamentos sobre o tema e a pressão por uma análise mais cuidadosa do texto antes de sua eventual aprovação.