Na última segunda-feira (18), um acordo judicial foi homologado para o pagamento de R$ 20 milhões pela rede de supermercados Atakarejo, com o propósito de combater o racismo estrutural, decorrente de um incidente ocorrido na empresa em abril de 2021.

Nesse episódio, Yan Barros, um jovem negro de 19 anos, e seu tio, Bruno Barros, de 29, perderam suas vidas. Ambos foram incriminados por um suposto furto de carne. 

Na situação, os seguranças do supermercado foram acusados de entregar os jovens a traficantes, que os executaram.

A Defensoria da Bahia, que representa a mãe de Yan, havia entrado também com uma ação na 9ª Vara Cível de Salvador contra o Atakarejo, com o pedido de indenização para a família. No entanto, buscando minimizar o sofrimento da família e agilizar a assistência da empresa, a instituição propôs um acordo. 

As negociações para formalizar essa resolução extrajudicial estavam em andamento durante os meses de abril e maio, e aguardam homologação.

O acordo judicial já homologado, que contém 42 cláusulas com obrigações a serem cumpridas pelo Atakarejo, não exclui a possibilidade de outros processos em curso.

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