As eleições municipais realizadas no último dia 6 de outubro em Ilhéus podem ter um desfecho inesperado. Erros no cumprimento das cotas obrigatórias de gênero ameaçam as cadeiras conquistadas por dois partidos na Câmara Municipal, o Partido da Mulher Brasileira (PMB) e o Progressistas.

O PMB, que lançou apenas duas candidatas femininas, teve uma renúncia durante o processo eleitoral. Para substituir a candidata, o partido apresentou outra mulher, mas a nova indicação foi impugnada por não cumprir os requisitos legais. Com isso, o vereador eleito Neto da Saúde corre o risco de perder sua vaga, já que os votos do partido podem ser anulados. Um novo cálculo poderá beneficiar Claúdio Magalhães, do PCdoB, que integra a Federação Brasil da Esperança.

O Progressistas enfrenta uma situação semelhante. O partido registrou o candidato Ratinho Menezes como mulher, mas corrigiu o erro depois. Mesmo assim, a falha deixou a chapa sem cumprir a cota de gênero exigida pela Justiça Eleitoral. Se confirmada a irregularidade, os vereadores Horácio do Pão e César Porto também poderão perder seus mandatos. O candidato Thiago Martins, do PL, já anunciou que pretende entrar na Justiça para reivindicar uma das vagas.

As mudanças não param por aí. O PSD, que atualmente tem quatro cadeiras, pode perder uma delas, ocupada por Nerival, caso a Justiça determine a recontagem dos votos. Enquanto isso, o AVANTE, partido que já garantiu uma cadeira, pode ganhar mais uma, que seria ocupada por Fabricio Nascimento, o segundo mais votado da legenda.

Essas possíveis alterações na Câmara Municipal de Ilhéus podem mudar o cenário político local, afetando diretamente a representatividade dos partidos e as futuras decisões políticas da cidade.