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Servidoras que denunciaram delegado por assédio sexual são transferidas; investigação continua

Servidoras que denunciaram delegado por assédio sexual são transferidas; investigação continua

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As quatro servidoras que denunciaram o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos por assédio sexual foram transferidas de delegacia ao fim da licença médica. Segundo a Polícia Civil, ACM, como é conhecido, segue sendo investigado pela Corregedoria e já foi exonerado do cargo.

As servidoras trabalhavam na 28ª Delegacia Territorial (DT/Nordeste de Amaralina), e suas transferências foram autorizadas pelo Gabinete da Delegada-Geral (GDG), Heloísa Brito, com base na política institucional da Polícia Civil da Bahia, que visa à proteção das mulheres. A portaria que embasou a decisão define ações para implementar políticas que coíbam atos de violência contra servidoras.

De acordo com a Polícia Civil, a medida foi tomada para preservar o bem-estar das funcionárias. As transferências ocorreram gradativamente, entre os dias 12, 16, 18 e 22 de outubro. Além disso, as servidoras estão sendo acompanhadas por psicólogos do Departamento de Gestão de Pessoas, Saúde e Valorização Profissional (DPSV).

As denúncias contra o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos vieram à tona em outubro deste ano, quando a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) determinou que a Polícia Civil investigasse os fatos. Antônio Carlos foi exonerado do cargo de titular da 28ª Delegacia Territorial (DT) do Nordeste de Amaralina, em Salvador, no dia 24 de setembro, e a medida foi oficializada no Diário Oficial do Estado (DOE) quatro dias depois. No entanto, não há confirmação se a exoneração foi motivada diretamente pelas investigações.

Em nota, o delegado afirmou que as acusações são "inverídicas e de cunho político" e que fazem parte de uma "ardilosa armação" para manchar sua reputação. Ele ressaltou que trabalha na polícia há 25 anos, enquanto as mulheres que o acusam estariam na instituição há apenas quatro meses.

Antes de comandar a delegacia do Nordeste de Amaralina, Antônio Carlos Magalhães trabalhou nas delegacias de Periperi, Boca do Rio e Itapuã, todas na capital baiana. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindipoc), as denúncias contra ele começaram a partir de relatos de colegas de trabalho das quatro mulheres, que têm entre 30 e 40 anos. Posteriormente, as servidoras formalizaram as queixas à instituição, relatando as situações.

O Sindipoc informou que as investigadoras estavam lotadas na Delegacia do Nordeste de Amaralina há apenas quatro meses. O sindicato também lançou uma ação para dialogar com profissionais de delegacias da capital e do interior baiano, incentivando outras mulheres a denunciarem casos de assédio no ambiente de trabalho, caso fossem vítimas.

Antônio Carlos emitiu uma nota sobre o caso:

"Eu trabalho na Polícia há 25 anos, e a Instituição sempre foi prioridade em minha vida, inclusive, por diversas vezes, acima da minha família. As acusações partiram de servidoras que estão há apenas 04 meses de carreira policial. Ao longo da minha caminhada, sempre preservei o profissionalismo e a boa conduta."

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